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Publicado: Quarta, 31 de Julho de 2019, 18h21 | Última atualização em Quinta, 29 de Abril de 2021, 13h48 | Acessos: 192

      A população adolescente, deixados à margem do chamado desenvolvimento, colhem o preço oneroso do comprometimento na sua qualidade de vida, lucrando os riscos que afetam o desenvolvimento físico e/ou mental dos jovens e adolescentes, dentre estes: gravidez precoce e não planejada e doenças sexualmente transmissíveis (IST) e HIV/AIDS? convivência com situação de violência, doméstica ou comunitária, como vítimas diretas de abusos ou maus-tratos ou como testemunhas frequentes de ocorrências violentas? situação de ruptura ou de enfraquecimento de vínculos familiares que os conduzam a viver constantemente nas vias públicas sem os cuidados de adultos idôneos? envolvimento precoce e/ou abusivo com álcool, tabaco ou outras drogas psicoativas, lícitas ou ilícitas? agravos produzidos por trabalho precoce e/ou nocivo ao seu desenvolvimento psicossocial? e envolvimento em situações ilícitas e/ou violentas resultantes de associação com grupos criminosos.

        O adolescente se torna um grupo vulnerável aos agravos nesta fase da vida, determinada pelo processo de crescimento e desenvolvimento, colocando-o na condição de presa fácil das mais diferentes situações de risco, como gravidez precoce, muitas vezes indesejada, IST/Aids, diversos tipos de violência, maus tratos, uso de drogas, evasão escolar, etc.

        Portanto, se faz necessário buscar uma ferramenta, que fundamente a mudança de atitudes dos jovens e adolescentes, onde a dialética seja capaz de levar a um comportamento reflexivo e crítico da realidade. Isso pode ser conseguido através de uma educação, que fuja à tradicional transmissão determinista e descontextualizada de informação, onde o educador repassa o conhecimento de forma ativa, enquanto o educando é obrigado a receber de forma passiva sem ocorrer uma dialética reflexiva e crítica do tema, onde as experiências sociais e a história do indivíduo devem ser mencionadas e valorizadas.

        A educação em saúde deve formar cidadãos e cidadãs capazes de modificar o seu meio gerando um processo emancipatório e libertador do saber. Qualquer política de prevenção deverá contribuir para a responsabilização dos indivíduos a que se destina, buscando a sua conscientização e a mudança de seus comportamentos e atitudes. Uma política de prevenção eficaz, portanto, deverá estar em acordo com os princípios fundamentais da democracia e da cidadania. Nesse contexto, se faz necessário a discussão de temáticas IST/AIDS, gravidez na adolescência, sexualidade, drogas e violências, em grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

        É pertinente também discutir a promoção da cidadania, no que diz respeito ao acesso aos serviços prestados pela gestão pública à saúde, educação, cultura, esporte e lazer, bem como as políticas desenvolvidas pelo Estado e pelas diversas instituições e/ou entidades não governamentais. O presente programa tem por objetivo contribuir com a melhoria da qualidade de vida e garantia da cidadania dos adolescentes e jovens, por meio de ações integradas interdisciplinares multiprofissional, visando atingir ao jovem e os atores envolvidos com o cuidado e proteção, estimulando postura social e cidadã.

        As atividades e ações visam promover saúde e bem estar dos jovens e adolescentes, atuando nas causas produtoras de vulnerabilidade material, social e moral, além de contribuir para o seu equilíbrio, através da transferência de conhecimento para prevenção e minimização de agravos, enfatizando o estatuto da criança e do adolescente. Por meio da pesquisa­ ação, serão propostas estratégias emancipatórias, baseadas na reflexão crítica sobre as temáticas, articulando de forma indissociável ensino, pesquisa e extensão.

        Ademais será resguardado o respeito às opinião e os valores dos adolescentes, família e demais envolvidos, no que se refere às crenças e princípios que os mesmos carregam em sua vivência pessoal, com vistas a produzir emancipação e libertação do saber, com a mudança de sua condição social e consequentemente do meio que este se encontra. Considera-se assim que interligar conhecimento se torna pertinente, e a interdisciplinaridade se apresenta como a possibilidade de superação do fracionamento tradicional do saber com vistas à superação das iniciativas pontuais e à geração de projetos.

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