Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

justificativa

Publicado: Segunda, 29 de Julho de 2019, 14h06 | Última atualização em Quarta, 28 de Abril de 2021, 15h05 | Acessos: 182

O profissional que fica na linha de frente interagindo diretamente com essa juventude com diferentes representações no que esta ocorrendo no corpo desse adolescente e trabalhar com esta faixa etária não é uma tarefa fácil, principalmente pelo fato da didática aplicada ser diferente, ser algo próprio e específico para aquele público alvo, é notório o fato de que trabalhar com seres humanos que até um certo tempo atrás pertenciam à fase infantil e integrar as principais problemáticas que podem ser acometidas e que estão presentes em seu cotidiano, de forma simples e natural, é algo que requer intenso treinamento, preparação e acima de tudo, experiência, tanto de vida como educacional, para efetivar um ensinamento de qualidade para preencher as diversas lacunas e buracos presentes no nosso sistema de educação, que tanto afetam a vida de milhares de adolescentes que acabam passando por um ensinamento falho, que não prepara e muito menos soma para um futuro promissor.

A política pública é o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem coletivo. E esta envolve diversos atores sociais, dessa forma é necessário que ocorra a participação e o controle social. O presente projeto se justifica frente às demandas existentes de danos e agravos a saúde e bem estar dos adolescentes, resultantes de um processo cronificado de mudanças socioeconômicas que findaram por deixar em seu entorno as mazelas não evitadas. A população de adolescentes deixados à margem do chamado desenvolvimento colhe o preço oneroso do comprometimento na sua qualidade de vida, lucrando altos índices de gravidez precoce, violências e danos à saúde sexual, como ISTs e principalmente AIDS, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

Segundo dados do Painel de Indicadores do Sistema Único de Saúde-SUS, no período de 1980 a 2010, ocorreram 8.154 óbitos tendo como causa básica a AIDS, na Região Norte. Os dados do Boletim Epidemiológico AIDS IST (MS, versão preliminar 2011) apontam cinco municípios paraenses dentre os 100 municípios brasileiros com mais de 50.000 habitantes que apresentam maior incidência destas doenças. A quantidade de mortes entre jovens de 15 a 24 anos também é crescente no Estado do Pará. De acordo com a Pasta da Saúde, 34 contaminados pelo vírus do HIV nessa faixa-etária faleceram no ano de 2013. É um caso a mais que o apontado em 2009 e 3,4 superior à marca de 1998. A taxa de mortalidade é de 2,2 a cada 100 mil jovens, o quarto maior índice do País, atrás, apenas, do Rio de janeiro (3,2/100 mil), Rio Grande do Sul (3,1/100 mil) e Amazonas (2,4/100 mil).

A escola é uma instituição social a exercitar uma pedagogia da sexualidade e do gênero, colocando em ação várias tecnologias de governo. As práticas pedagógicas constroem e medeiam a relação do sujeito consigo mesmo e essa relação a experiência que a pessoa tem de si mesma se estabelece, se regula e se modifica. Portanto, a educação, além de construir e transmitir, uma experiência “objetiva” do mundo exterior, constrói e transmite também a experiência que as pessoas têm de si mesmas e dos outros como “sujeitos”. Os dispositivos pedagógicos podem, portanto, ser pensados como constitutivos de subjetividades.

A pergunta que lhes faço: Então os professores preparados pedagógica e tecnicamente para abordar a sexualidade e os temas relacionados? Como enfrentar as vulnerabilidades que comprometem o desenvolvimento da criança, adolescentes e jovens brasileiros? Nesse sentido foi elaborada a metodologia das Agendas de Educação e Saúde, a serem executadas como projetos didáticos nas Escolas. O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

Fim do conteúdo da página